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09/07/2015 - WhatsApp: 39% dos usuários brasileiros já receberam spam

O spam começa a se tornar um problema dentro do WhatsApp no Brasil. 39,3% dos usuários ativos mensais (MAU, na sigla em inglês) do aplicativo entre internautas brasileiros afirmam já ter recebido uma mensagem de propaganda de um número desconhecido via WhatsApp, revela a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box: WhatsApp X Messenger X SMS.

Por outro lado, o uso de propaganda autorizada, ou seja, com opt-in pelo usuário, pode ser um modelo de negócio saudável para o WhatsApp no futuro, pelo menos no Brasil: 67% dos usuários mensais do app aceitariam receber propaganda em troca de poder continuar usando o WhatsApp de graça. Esse percentual é composto pela soma dos que aceitariam receber propaganda de qualquer marca ou produto (29,5%) e aqueles que aceitariam receber apenas de marcas ou categorias de produtos que lhe interessem (37,5%). Outros 12% prefeririam pagar para usar o WhatsApp sem propaganda e 20,9% não aceitaria nem pagar e nem receber propaganda.

Independentemente da presença ou não de anúncios, foi perguntado aos usuários mensais de WhatsApp se eles aceitariam pagar algum valor para continuar usando o aplicativo de mensagens instantâneas. A maioria (57,2%) não pagaria e trocaria de app. 20,9% aceitaria pagar R$ 2 por ano; 13,8%, R$ 2 por mês; e 8,1%, R$ 2 por semana. Um ano atrás, na primeira edição dessa pesquisa, os percentuais eram parecidos: 55,9% não pagariam nada e trocariam de app; 21,3% pagariam R$ 2 por ano; 15,4%, R$ 2 por mês; e 7,4%, R$ 2 por semana.

SMS

Enquanto isso, no SMS, o spam é um problema ainda mais grave. Se na primeira edição dessa pesquisa 91,1% declararam já ter recebido spam por SMS, desta vez o percentual subiu para 99,2%: apenas 0,8% responderam que nunca receberam uma mensagem de texto com propaganda indesejada em seu celular.

E a frequência do spam por SMS está aumentando. Em 2014, dentre os que já haviam recebido mensagens de propaganda indesejada, 19% relataram que isso acontecia diariamente. Na pesquisa deste ano, a pergunta foi formulada de maneira diferente, mas, mesmo assim, indica um crescimento: foi perguntado quando foi a última vez que o usuário recebeu um spam por SMS. 46,5% responderam que havia sido naquele mesmo dia. Outros 35,4% haviam recebido pela última vez entre um e sete dias atrás; 8,6%, entre sete e 30 dias atrás; 1,7% entre um e seis meses atrás; 1,1%, há mais de seis meses; e 5,9% não lembravam quando.

Análise

O spam é uma prática que desvaloriza o canal de comunicação e afasta os usuários dele, assim como afasta as marcas e agências que desejam fazer um trabalho sério e correto de marketing. Foi o que aconteceu com o email. No SMS, embora o índice de spam seja maior que nos WhatsApp, ainda não há uma banalização do spam como houve no email porque as operadoras se esforçam para fazer um controle e também porque o custo da mensagem é mais alto que o de um email.

No caso do WhatsApp, a popularidade do canal está atraindo empresas de spam. MOBILE TIME já noticiou a existência de alguns serviços internacionais que oferecem esse tipo de disparo de spam. As regras de uso do WhatsApp proíbem a sua exploração comercial por terceiros, mas é difícil para a empresa identificar e bloquear todos os ofensores.

Ao contrário do SMS, o custo de envio de mensagens pelo WhatsApp é mínimo, quase como o de um email. Por isso, o risco de o problema crescer é grande. Se isso fugir ao controle, é possível que haja uma migração dos usuários para outros apps onde o problema (ainda) não ocorra.

Nesta pesquisa foram entrevistados 1.268 internautas brasileiros, respeitando as proporções por sexo, faixa etária, renda familiar mensal e distribuição geográfica desse grupo no Brasil. Ou seja, é uma pesquisa com validade estatística dentro do universo de pessoas que acessam a Internet, grupo que representa metade da população brasileira. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais.

Esta é a quinta e última matéria sobre os resultados da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box: WhatsApp X Messenger X SMS. Quem se interessar em receber o relatório com os resultados na íntegra gratuitamente, basta entrar em contato através do Fale Conosco do Mobile Time.



Fonte: Mobiletime



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