O ritmo acelerado que levam ainda não foi compreendido pelas empresas. Os novos profissionais levam um choque com a burocracia corporativa e não conseguem ser produtivos.
O desafio diante do perfil de jovens que se criou, que absorvem e utilizam novas tecnologias de forma rápida, conforme dizem os participantes de um painel realizado durante a Futurecom 2007, é realizar a transição do hábito desses jovens quando eles passam a atuar em ambientes corporativos.
Os hábitos mudaram nessa geração convergente e eles têm um choque quando chegam às empresas e é preciso pensar em formas de torná-los mais produtivos e as companhias ainda estão relutantes, afirma Humberto Cagno Filho, diretor da Siemens. "A nova geração é convergente, autoditada e cria conteúdos. São jovens multi-tarefas, tomam decisões rápidas e não estão acostumados com a burocracia das corporações", completa.
Ao mesmo tempo em que a batalha é para atender aos jovens e incluí-los no mercado de trabalho, há de que se quebrar a barreira de incluir digitalmente as pessoas da geração dos baby boomers, que só usam o e-mail e não conseguem usar blackberries e outros novos dispositivos, como confessou o jornalista e mediador do painel, Ricardo Boechat. Acho que muitas vezes criamos os sistemas e esquecemos de avisar aos consumidores, afirma Carlos Costa Pinto, responsável pelo setor de comunicações para a área de serviços da IBM.
Soma-se a esse problema, ainda segundo Costa Pinto, a questão de que os jovens conectados estão ficando mais solitários e introspectivos. Assim também é um desafio falar com eles, avalia.
A única certeza, consenso entre os participantes, é de que a velocidade da evolução continua aumentando e, se você ainda não percebeu, de acordo com Antônio Ribeiro Neto, superintendente da Venturus, o e-mail já se tornou coisa de tiozão, garante.
Fonte: Computerworld