Conclusão de estudo com 1.163 brasileiros aponta que serviço tende a ser utilizado principalmente para marcar compromissos, além de enviar saudações e estabelecer comunicação diferenciada.
Cerca de 49% dos proprietários de celular no Brasil utilizam mensagens de texto (SMS), revela pesquisa conduzida pela consultoria Research International, encomendada pela Tegic Communications, e divulgada nesta terça-feira (03/10) na Futurecom 2006.
A conclusão foi tirada a partir de um estudo conduzido com 1.163 pessoas entre 15 e 65 anos em nove Estados brasileiros entre os meses de junho e julho deste ano. De acordo com Daniel Barna, gerente geral da Tegic para a América Latina, apesar do percentual de usuários ser expressivo, ainda existe uma grande parcela da população que considera difícil os serviços de SMS.
Do total de usuários de mensagens de texto, 70% concordam que enviariam mais mensagens se o sistema fosse mais fácil de utilizar, afirma. De acordo com o executivo, para aumentar o número de adeptos de SMS seriam necessários esforços adicionais por parte das operadoras, fabricantes e empresas que fornecem software e serviços destinados à mobilidade. Estamos vivendo hoje no Brasil algo que a Europa já passou entre os anos de 1999 e 2000. Com esses esforços de educação, há grande potencial de crescimento, aponta.
O executivo ressalta também que os usuários adeptos dos sistemas de texto preditivo – facilitadores de entrada de texto também chamado de T9 – tendem a mandar até 60% mais mensagens do que os usuários convencionais. Hoje, o número de usuários adeptos do sistema T9 respondem por menos de 10% dos proprietários dos celulares.
Pragmáticos ou vaidosos?
A pesquisa apontou também que os usuários de mensagens de texto no celular se dividem em quatro perfis básicos: simplistas, urbanóides, vaidosos e pragmáticos.
Do total, 34% desses entrevistados se enquadram na categoria dos pragmáticos, que apresenta como característica básica o interesse pelos recursos principais do celular ao invés de explorar outros serviços como ringtones, WAP e chat. Conforme aponta a pesquisa, 56% dos usuários integrantes desta categoria utilizam SMS e 28% se enquadram nas classes A e B.
Outro perfil revelado pela pesquisa – e detentor de 26% da base – é o dos urbanóides, que inclui usuários abaixo dos 30 anos, ávidos por informação e tecnologia. Estes utilizam amplamente os recursos dos celulares e tendem a utilizar com mais freqüência os planos pós-pagos. Desse total, 83% utilizam os serviços de SMS.
Responsável por 23% da base pesquisa está o grupo dos vaidosos, usuários que ainda tendem a utilizar os aparelhos celulares como símbolo de status. Os integrantes dessa categoria tendem a concentrar seus interesses mais no design do aparelho do que nos recursos, e, com isso, usam a internet móvel com pouca freqüência. Desse total, 34% são pertencentes às classes D e E e 60% enviam mensagens de texto.
A menor proporção revelada pelo estudo é verificada entre os usuários simplistas, que são preocupados com a facilidade de uso. Eles respondem por 17% da base e geralmente têm menor grau de escolaridade.
De maneira geral, os usuários das mensagens de texto tendem a utilizar o serviço principalmente para marcar compromissos, além de enviar saudações e estabelecer comunicação diferenciada com outra parte.
*A repórter viajou a Florianópolis a convite da Juniper Networks.
Fonte COMPUTERWORLD*