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25/05/2005 - Novo teste pode ajudar a ajustar medicação para a asma

Reuters

BOSTON - Uma nova técnica para determinar a eficácia dos tratamentos para a asma pode permitir aos pacientes reduzir drasticamente a dose do medicamento que tem de inalar para evitar os ataques, disseram pesquisadores da Nova Zelândia nesta terça-feira.

A técnica envolve a medição de quantidades minúsculas de óxido nítrico no ar exalado. A substância é um possível indicador de inflamação ou hipersensibilidade dos pulmões.

Com a utilização do exame para ajustar a dose, no lugar do método usual, que avalia um conjunto de sintomas e testes de função pulmonar, a equipe liderada por Andrew Smith, da Escola de Medicina de Dunedin, conseguiu controlar a asma com apenas cerca de metade da dose de esteróides.

Nos Estados Unidos, 27 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de asma. A descoberta, relatada num encontro da Sociedade Torácica Americana em San Diego e na edição desta semana do "New England Journal of Medicine", sugere que os pacientes estão recebendo mais drogas do que necessitam, e sofrendo mais efeitos colaterais. Mas Aaron Deykin, pneumologista do Brigham and Womens Hospital, em Boston, disse que ainda há dúvidas sobre a utilidade e a eficácia da técnica.

- Não estou convencido de que o óxido nítrico em si seja um indicador muito claro, que nos diga exatamente qual é a dose correta para cada paciente - disse Deykin.

Mas ele afirmou que o sistema atual também pode não ser muito preciso.

- Em muitos casos os pacientes são supermedicados ou submedicados porque não há uma medida única para determinar que dose o paciente deve receber - acrescentou.

Deykin ressaltou as altas doses de esteróide que estavam sendo dadas aos pacientes do estudo, pelo método tradicional. Isso quer dizer, segundo escreveu num editorial do "New England Journal", que talvez o grupo de controle estivesse sendo supermedicado.

O estudo analisou pacientes com asma de leve a moderada. São necessários mais testes para verificar se a descoberta se aplica a pacientes com asma mais leve ou mais grave.

Outro ponto fraco da técnica é que é difícil, caro e inconstante analisar o óxido nítrico.

O estudo analisou 94 voluntários por até dois anos. Os 46 pacientes cuja asma foi analisada com o teste de óxido nítrico usaram uma média de 370 mg de fluticasona inalável por dia. Os 48 pacientes avaliados pelos métodos tradicionais consumiram em média 641 mg por dia.



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