Nunca é tarde para iniciar uma limpeza dos seus dados (data cleanse) e reorganizá-los de maneira mais eficaz
Carol Lara *
Planejar é dirigir olhando pelo retrovisor – é uma máxima antiga, e que atualmente, caminha para a obsolescência devido, principalmente, ao grande acesso a dados que temos, e que nos ajudam a prever o desenho do túnel até atingirmos nossos objetivos.
A comunicação com consumidores depende essencialmente de conhecê-los, e neste sentido tenho visto diversas empresas empenhadas em construir suas bases de dados proprietários, realizar pesquisas, trackings e monitoramentos. Um pouco menos frequente que coletar os dados é vê-los empregados em ações e decisões executivas, econômicas, de precificação, de comunicação – otimizando resultados e garantindo previsibilidade do cenário – o que faz com que as ações sejam elaboradas em cima de fatos concretos.
Mas, já que coletar dados não é um mistério, e utilizá-los é munir-se de uma ferramenta que nos auxilia de forma consistente, qual a razão para a (ainda) baixa adesão à estes métodos?
Descobriu-se que coletar alguns dados era razoavelmente fácil e barato - mas aos poucos passamos a notar que um grande volume de dados é importante para o negócio, ao passo que é também mais desafiador e custoso fazer com que eles sejam relevantes o suficiente para que gerem os resultados necessários.
E é por isso que falar sobre a qualidade dos dados torna-se uma pauta necessária daqui em diante – toda vez que for necessário munir-se deles para qualquer ação.
Nunca é tarde para iniciar uma limpeza dos seus dados (data cleanse) e reorganizá-los de maneira mais eficaz. Aliás, neste caso, quanto antes o trabalho for realizado menor será seu prazo e seu custo. Um set de dados organizado, quando somado a outras ferramentas e uma análise poderosa, é sem dúvida uma fonte de rentabilidade e de corte de custos significativa, e que toda empresa pode ter.
Por exemplo, no caso de campanhas digitais, os dados disponíveis são bastante ricos – já que permitem ações de remarketing (a arte de impactar o mesmo usuário em diversos pontos de contato para gerar uma mensagem consistente) relacionamento, e monitoramento de resultados. Ainda, entender como o consumidor utiliza o tempo no site da sua marca pode informar qual tipo de conteúdo deve ser desenvolvido e quais as mídias e termos adequados para levá-lo até este conteúdo, aumentando o tempo de interação com a sua marca – e reduzindo o custo sobre o investimento.
(*) Carol Lara é CSO da Mavens of London na América Latina
Fonte: http://cio.com.br/gestao/2016/03/07/como-esta-a-base-de-dados-da-sua-empresa/