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12/11/2007 - Banco de sangue menstrual causa polêmica nos EUA

Uma empresa dos Estados Unidos está provocando polêmica ao oferecer o serviço de armazenamento de células-tronco contidas no sangue menstrual.

Por US$ 499 (pouco mais de RS$ 870), a Cyro-Cell processa o material e o mantém por um ano. As clientes recebem pelo correio um kit para coleta do sangue, que devolvem também por via postal.

Segundo a empresa, estudos preliminares sugerem que as células-tronco contidas no fluxo menstrual têm o potencial de se transformar em outros tipos de células, como as que compõem o coração, o sistema nervoso, os óssos e as cartilagens.

"Conhecendo as propriedades dessas células, acreditamos que elas representam uma grande promessa de transformar a medicina regenerativa nos próximos anos", disse Stephen Noga, diretor do Programa de Terapia Celular do Sinai Hospital, em Baltimore, falando em nome da Cyro-Cell.

A empresa alega ainda que seu método tem a vantagem de colher células-tronco de uma maneira indolor e não invasiva, se comparado com o que retira as células contidas na medula óssea.

Mas especialistas em células-tronco em todo o mundo dizem que faltam provas científicas para sustentar o uso do sangue menstrual.

"Tudo é hipótese e tudo é muito exagerado também. É muito diferente de ter algo comprovado", afirmou Peter Braude, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia dos hospitais King's College e Guy's and St. Thomas', em Londres. "Por isso não vejo um motivo pelo qual uma mulher deveria colher seu próprio sangue menstrual. E o que me preocupa mais é que essas empresas estão capitalizando sobre as inseguranças das pessoas."

Já Rebecca Rutter, diretora de operações de um banco de estoque de cordões umbilicais na Grã-Bretanha, questiona o uso do sangue menstrual como fonte de células-tronco.

"Sei que essas células já foram idenficadas no fluxo menstrual, mas ainda é cedo para dizer se elas terão uma viabilidade terapêutica", afirmou.

"Há ainda a questão de como a coleta do material desta maneira poderá estar livre de contaminações."

A Cyro-Cell, no entanto, rebate as críticas. "Não estamos nos aproveitando de pessoas com medo. A ciência das células-tronco é real", disse Mercedes Walton, diretora da empresa.

Ela alega ainda que possui uma tecnologia patenteada para descontaminar as amostras assim que elas chegam ao laboratório.

A comunidade científica espera que as células-tronco possam um dia ser usadas na cura de doenças como o câncer.

Fonte: BBC



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