A 5G Americas, associação que reúne os principais provedores de serviços e fabricantes do setor de telecomunicações, explicou como a quinta geração de internet móvel impactará setores que vão além da telefonia celular.
Segundo o órgão, a partir da chegada da 5G - visto pela Qualcomm como a principal plataforma de inovação da próxima década, as comunicações celulares já não serão utilizadas apenas para serviços de voz e banda larga móvel para telefones, tablets e computadores. Essa nova tecnologia promete, de acordo com a entidade, revolucionar todos os âmbitos da econômica e da vida humana.
O órgão, que tem como membros empresas como AT&T, Ericsson, Intel, Nokia, Telefônica e Samsung, divulgou um gráfico que mostra, na prática, como o 5G beneficiará a vida humana.
Um dos principais impactos do 5G está nas chamadas comunicações críticas (URLLC), um dos três pilares de casos de uso para o 5G. URLLC é a sigla em inglês para Ultra-Reilable Low-Latency Communications (ou comunicação ultra-confiável de baixa latência).
Diferentemente do 4G, que fornece latência de 4 milissegundos de acordo com as especificações do Release 14 do 3GPP -, a 5G promete uma latência de apenas 1 milissegundo, conforme definido no Release 15 para 5G NR (New Radio).
Esse tipo de comunicação de ultra-confiabilidade é vital para aplicações relacionadas a segurança e risco de vida. Isso acontece graças à baixa latência do 5G, que é crucial para assegurar que as aplicações sejam utilizadas e interativas.
Entre os setores que beneficiam desse tipo de conexão são automação industrial e fábricas inteligentes, os setores de saúde, entretenimento (especialmente jogos), transporte, manufatura e energia. Na prática, policiais, bombeiros, equipes de resgate, médicos - e até diagnósticos remotos - serão mais ágeis e seguros com o 5G. Do outro lado, o transporte também se beneficiará, pois aplicativos de assistência a motoristas, gerenciamento de tráfego e direção autônomas trocarão dados com maior rapidez e confiabilidade.
No Brasil, a chegada do 5G ainda esbarra em questões como espectro, mais precisamente no imbróglio envolvendo o setor de TV via satélite. O atraso para a mudança de banda é um dos fatores que podem fazer atrasar o leilão, embora o governo aponte que o Brasil tenha um parceiro. O atraso pode levar o país a um prejuízo bilionário.