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03/08/2015 - A inércia e o cliente deslumbrado. Reflexões sobre mobilidade

A fase web foi a do alcance. Agora estamos na era app onde queremos falar de forma pessoal. Qual é sua estratégia mobile?

Às vezes me dá vontade de ter sido uma mosca entrando pela janela do Infinity Loop para ver aquele dia. Ninguém me contou, mas eu gosto de imaginá-lo dessa forma:

Steve Jobs diante de dezenas de designers e engenheiros de várias áreas de TI fala:

- Quero que vocês olhem bem para essas porcarias!

Ele diz isso enquanto aponta para vários "smartphones" de 2006 espalhados sobre a mesa.

- Quero que deixem de pensar nos features de tecnologia que podemos colocar para mostrar que temos tecnologia. Quero que esqueçam tudo isso. Quero que pensem no usuário. O que vai fazer a experiência deste usuário algo único, incomparável e sensacional?

Steve continua diante dos rostos atônitos dos engenheiros, e dos rostos iluminados dos designers.

- Quero que esse dispositivo seja intuitivo. Quero que crianças de 2 anos consigam usá-los. Quero que senhoras de 80 anos consigam usá-los. O que é intuitivo para vocês?

Silêncio na sala. Steve insiste.

- O que é intuitivo para vocês?

- A gravidade! Responde um jovem chamado Johnny.

- Isso! A gravidade! Eu quero a gravidade dentro deste device! Esses aparelhos em cima da mesa, não entendem a gravidade. Podem virar de lado que a tela continua sempre na mesma posição. Quero a gravidade nos nossos dispositivos! O que mais é intuitivo para vocês? O que naturalmente uma criança de 3 anos saberia usar?

O executivo mantém o ritmo de indagações.

- Os dedos! Responde outro designer.

- Certo! Para que tantos botões? Eu posso acabar com todos eles e fazer com que o device entenda meus movimentos dos dedos. Com dois dedos posso fazer um zoom! Posso desfazê-lo também. Muito bom. Pensem. O que mais faz parte de nossas vidas e pode tornar o uso desse aparelho mais intuitivo?

- A inércia! Quando eu paro de pedalar, a bicicleta continua em movimento e vai desacelerando aos poucos...

Nessa hora, certo que entenderam o que queria, Steve se dirige à porta e fala em voz alta:

- Certo! Coloquem a inércia também.

Totalmente imaginária essa história poderia ter ocorrido nas salas secretas de desenvolvimento de produtos da Apple em 2006, antes do lançamento do iPhone. Nove anos depois, os smartphones e tablets já são a primeira tela. O desktop e a TV ficaram para trás. Todos vão dormir e acordam com o celular.

Hoje as primeiras interações com a internet de várias pessoas no mundo começam no smartphone, e para muitos, somente no smartphone. Existem 1,4 bilhão de pessoas na internet pelos desktops e esse número não vai avançar muito mais. Os próximos bilhões vão ocorrer no smartphone.

Estudo do Google mostra que 52% das buscas por marcas já acontecem em dispositivos móveis. No Brasil a classe C já desponta como grande grupo consumidor.

É fato que o mobile hoje impacta mais a vida dos menos afortunados do que a vida dos mais abastados. Hoje, o acesso à informação por meio de aparelhos móveis para a classe C, dá a essa camada algo valioso que antes era inatingível.

Mobile é uma realidade avassaladora na vida das pessoas. E no mundo corporativo? Como anda a atenção para esse fenômeno? Empresas inovadoras estão muito atentas à mobilidade. Algumas já consideram como o principal canal de experiência de seus clientes.

A vida das pessoas está cada vez mais corrida. Trabalho, família, projetos pessoais. Todas as atividades que fazemos no dia-a-dia estão recheadas de pequenos momentos onde o mobile toma força. Esses pequenos momentos podem ser uma fila de restaurante, esperando por um taxi ou subindo no elevador.

Nesses momentos as pessoas mergulham nos seus dispositivos móveis, escapam em uma viagem mental para dentro de uma app ou site móvel. Aqui nesse pequeno conjunto de microssegundos as pessoas querem ser maravilhadas por uma experiência única. Dizem que um adulto tem mais de 150 desses momentos a cada dia.

E como criar essa experiência fenomenal? Como fazer com que micro segundos se converta em uma venda para sua empresa? Como fazer com que o cliente se divirta com sua marca? Como surpreender o usuário com uma informação contextual? Essa é uma nova ciência que mistura design, tecnologia e antropologia. A ciência da mobilidade.

As empresas estão entendendo isso. Estão começando a repensar a presença móvel, repensar a experiência do usuário. Estão descobrindo que podem aumentar vendas e também lucratividade usando todo o poder que um app pode entregar.

Está ficando claro que a fase web foi a fase do alcance, onde se buscava falar com todos, e que agora estamos na era app onde queremos falar de forma pessoal e surpreender o indivíduo. Quer continuar essa conversa? Então me conte qual a estratégia mobile da sua empresa?


Fonte: ComputerWorld



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